Monday, July 09, 2007

Caminhos Proibidos

"Por caminhos sinuosos Apesar de olhar o mar, E momentos tortuosos Que afectam teu bem-estar, Vou escalando esta montanha Sob efeito violeta E alguma artimanha D' alguém que toque a sineta. Somos cabras do rebanho E bodes de mau pastor Ávido dos seus bons banhos Impregnados de rancor. Por entre essas pedras soltas Circulam as falsidades Que fazem orelhas moucas Às nossas fragilidades. Mar azul da aparência Em que espelho te revês? No céu da clarividência Ou na cama do marquês? Somos carne para canhão, No leito desses doutores Que, da vil governação, Não distinguem os pudores. Nos caminhos proibidos Por varões irregulares De madeira, são sortidos Os pruridos dos teus pares. Quem, outrora bestial Por fazer aquele favor, É jogado ao matagal Sem clemência, nem pudor. Eis aqui, no precipício, Postergado de razão, Quem cultivou frágil vício E caiu na tentação. No momento, duma hora Em que o Sol não vai nascer É julgado, sem demora: Condenado a morrer!"

de:Pedro/Pássaro Distante

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