Wednesday, August 22, 2007
Tempo
QUERO ser luz na alma e no corpo
QUERO ser sorriso de fada
QUERO ser aroma de rosa encantada!
QUERO ser energia de sol nascente
QUERO ser cântico de sereia
QUERO ser mágico som presente!
Esta noite, toco-te o olhar com suspiros no silêncio e no tempo!
Em Galeria _ Arte Digital no: http://www.fotografiaonline.com.pt/index.php?i=6&Id=8096
Thursday, August 16, 2007
Monday, August 13, 2007
Agarra-me esta noite
Vermelha, ou sofrimento,
a mancha abraça o calhau,
movediça como o vento,
agreste como essa nau,
desliza neste momento.
Aguarda a água do mar
ajudada pela maré,
depois de muito penar
pretende banhar-se da fé
que um dia não soube guardar.
Calhau duro e teimoso;
Jovem? Ou principiante,
que, deveras desgostoso,
desiste ao primeiro instante
em tom cerimonioso?
Tão intensa esta espera
como quem lê um soneto.
No branco da atmosfera
vê as marcas do esqueleto
da pegada que trouxera...
Na marcha da maresia,
num compasso sem maestro,
numa estrofe sem poesia,
numa escrita de ambidextro,
sinto os sons da agonia.
Sinto o peso do calhau
e de todo o desconforto,
sem abrigo ou chão de pau
que acolha um pé morto
de esperar a tua nau.Mulher dura e egoísta,
sedenta do verbo ter,
que desrespeita o artista
e a vontade de viver
numa harmonia prevista.
De tanta espera me canso,
pois não há eternidade
que acalme o balanço
dessa tal ansiedade.
Assim, neste mar, me lanço.
Levo "A Valsa do Adeus",
outra obra do Kundera,
a fronha dos olhos meus,
a herdeira de quem gera
e protegida de Deus.
Agarra-me esta noite.
Amanhã já será tarde
pois, depois de tanto açoite,
no meu peito já não arde
a paixão que me afoite.
É, pois, a marca do tinto
no calhau espalhada
por quem era tão faminto
pela tua madrugada
e, agora, nada sinto.
Levantei-me dessa base
quando vi que era ferro
e passei para outra fase
que chamava o meu berro,
na qual não há quem se case.
Onde estão as tuas flores?
Caiem secas, na varanda,
como caem os amores
submersos a quem manda
sem respeito aos odores.
Pode ser que ressuscitem,
as flores que não cuidei.
Elas talvez se agitem
ao dizeres: "aqui del Rei!"
E em "formatura" fiquem.
Fujo de novo convénio
ao qual ganhei crispação.
Não é preciso ser génio
para saber dizer: não!
Afinal, outro milénio!
De: Pássaro Distante
Sunday, August 12, 2007
Algo em ti que me cativa
Do piano que me deste surgem as rosas preenchendo o nosso amor, de um modo completo, indelével, delicado e permanente.
Pelo teu amor, peço, voluntariamente, que os espinhos das rosas marquem o meu corpo, para que nada aconteça ao teu Ser.
Os meus acordes em Lá menor, que sublinham a minha humildade face à Musa-Mor, altiva e distante, ecoam pelo Cais do Pensamento, onde a maresia insiste em castigar a minha profunda solidão.
Descem, tais acordes do lá menor, de meio-tom em meio-tom, até chegarem ao Fá, enfim, ao Fado de uma vida absolutamente consciente de um corpo localizado onde a alma não devia estar.
Tal como os nossos desencontrados caminhos...
Dir-me-ias: se os invertidos são aceites como a nova "classe dominante" (em estilo "metrosexual de maçã reineta") , esta inversão desalinhada do corpo e do espírito não deveria ser considerada... normal?
Não é. Seguramente. Para mim e para ti.
Ambos sabemos que haverá, algures nesta dolorosa caminhada, o tão ansiado ponto de encontro, no qual, retemperada das dores físicas e psicológicas, terás a disponibilidade para virar para uma outra página da tua iluminada vida e seguir em frente, de mãos dadas, serenamente e... em paz.
Brindemos, pois, à paz, a nós e ao futuro.
Ergo um copo de vinho tinto e coloco-o sobre o piano, onde, desafinado, esboço mais uns acordes que transformam qualquer poema numa singela oração pelo teu bem-estar...
Texto: Pássaro Distante
Balada Florida
Arte Digital
Poder vencer o meu fado
vencer o meu Fadomostra ser tarefa ingratapois quem vive no pecadonão merece a "Concordata".Mas para quê a Igreja,perdida de humildade?De sermão, velho, boceja:Burguesa da Nova "Das pétalas surgem notas,uns bálsamos musicais.Elas não trazem batotasaos momentos especiais.São notas de nostalgiaque consigo libertardo pólen da agoniaque acompanha o meu pensar.Uma pauta de Jobimmostrará "Insensatez"de um passado sem fim,ou de uma "Regra Três"?Por aqui vês o dilema,escrito na "Bossanova",qual "Garota de Ipanema"que deite esta flor na cova...Estar sem ti, não será certo.Sou a planta isoladado teu Ser, de Mar Aberto:fugaz maré dedicada...Se atravessa a corda bambae vai banhar-s' o Brasilnão resiste a dançar samba,regressando ao juvenil.Poder Idade!Pareço alma penadacom camadas de alcatrãoescaldado, na estrada,sem qualquer contemplação.O cimento que me cerca,ajudado por ruído,reforçará minha perca:O sabor dum sustenido.Desta vida sei de coro suor das minhas gentestraduzido em lá menore estratégias indecentes.A melodia que exaloe acompanha o cheirocompensa tudo o que caloneste leito de ribeiro.Mais lamento não poderouvir os meus próprios sons.Estou a ensurdecerQuando ouço esses tons:Foz de queixas repetidase deveras dissecadas.Fossem as vidas... vividase não tão vitimizadas...Se do dia vejo o breu - digo isto sem rancor... - é sinal que o apogeuabandonou nosso amor...Outra pauta de Jobimque vá buscar ao "baú"é defesa, para mim,a qualquer Ser, como Tu.Se quiseres saber mais,do teor dos nossos vícios,para quê ler só jornaisse tens os meus "Sete Ofícios"?Posso ser ave, ou flôr,nuvem, lua ou o mar.Mas se queres meu amortens de deixar respirar...Eu preciso respirar...Bem preciso respirar!...Não consegues enxergar?!É preciso enxertar?"
De_ Pedro/Pássaro DistanteParceria poema /fotografia
in:http://seteoficios.festim.net/
Thursday, August 09, 2007
Wednesday, August 08, 2007
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