
Friday, October 03, 2008
Tuesday, August 12, 2008
" Esconde-te em mim"

Não adianta esconderes-te em mim;
o guarda-chuva em que me vês é transparente
não tapa nem os meus nem os teus podres.
tivesses óculos de sol, como o abrunhosa,
e talvez fosses uma rosa... pirosa.
Muitos me viram o guarda-chuva da serenidade
onde podiam fazer o que queriam
sem o mínimo de contrariedade.
Até me viram albergue espanhol
dançando em simultâneoas melodias dum descontentamento
e da permanente insatisfação.
Olhando para ti vejo o seio estéril,
desprovido de qualquer atracção física
ou, mais importante, mental.
Via-me como um cipreste
quando estás à minha volta,
em que tudo se secou.
Tornei-me cogumelo venenoso,
qual linguajar de Abrunhosa
mas mais subtil, elevado o nível.
Ficaste a pregar só,como sempre autovitimizando-te,
amparada pelos teus acólitos
tolerantes desse feitio instável.
Arranquei o cogumelo
e escorri das veias, artérias e afins,
tudo o que me fazia infeliz,
inerte
e, por fim, impávido.
Estou em paz, muito sereno
e sei o que quero, por fim.
Se morrer é renascer(com dreno),
eu morri do teu jardim!
Pássaro Distante
Wednesday, August 06, 2008
Romance

"Nas asas do teu romance
para onde voo, insaciável,
seja maior ou menor o alcance,
em cada pétala afável
pouso as penas camufladas
tão serenas de tesão
amando tuas dentadas
com total satisfação
ao ritmo de um bolero
dum vermelho alaranjado
e balanço como quero
dentro do seu Ser excitado
que confunde meu olhar:
dor, prazer, melancolia...
com som a acompanhar
seja músic' ou poesia
e sem já pestanejar
as doses de maresia
servidas ao paladar
quando já não vês o dia.
Noite fora, carro dentro
em viagem sem limite
seja espaço seja tempo
e na qual não há convite
simplesmente abro os braços,
ou as asas imortais,
que te tocam como traços
carregados ou banais;
excitam tua quimera
polvilhada de desejo
de libertar essa fera
logo ao primeiro beijo.
Em hora indecorosa
de total cumplicidade
nenufar tornado rosa
libertou sem piedade
o aroma da fusão
temperada de sentidos
em total alienação
como seres indefinidos
tal como queria ser
ao saber-te grande amor
e contigo envelhecer
simplesmente e sem dor. "
Pássaro Distante 06-08-2008
Friday, June 20, 2008
Tuesday, May 20, 2008
Nos suspiros do silêncio
Soprou o vento neste momento...

Sunday, March 02, 2008
Poema em cor
"Voas para colorir a minha vida
mas rapidamente foges para que eu,
mais do que sentir a dor da ausência,
possa dar valor aos reencontros
e recordar, com ternura e reconforto,
do meu universo próprio de memórias,
aquilo que representaste no meu trajecto.
é a tua cor que me faz sentir o prazer,
a loucura, da física ao sonho,
o presente, que se esvai como um relógio de areia,
o passado, com um travo de melancolia escondido
no reverso duma lágrima por cair,
e, também, o futuro absorvido pelo desejo
do reencontro, mesmo que ele possa ficar,
irremediavelmente,
no plano estratosférico das intenções.
No entreposto duma vida
vejo e sinto os teus voos solitários
como manifestações de cor,
revolucionárias do cinzento predominante,
em relação às quais identifico
a minha própria cobardia,
por não "rasgar as fronteiras do absurdo",
como dizia o poeta,
e por não dizer: estou aqui, sou eu e quero viver!
Sou uma pousada por remodelar,
sujeita à erosão do quotidiano
às ventanias das personalidades
e às chuvadas dos desenganos.
As nortadas, quais bofetadas,
fizeram-me quieto, ou quieta,
em posição cómoda, mas errante,
e cortaram as asas dos meus sonhos.
Nesta vivência ao avesso,
em que já não sei bem onde estou,
desespero pelo bom senso:
o de poder ser como sou..."
Pedro

Wednesday, February 20, 2008
Sunday, February 10, 2008
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